É voz corrente que As Aventuras de Augie March equivalem, no século XX, às de Huckleberry Finn. Martin Amis, por exemplo, diz que As Aventuras de Augie March é o grande romance da literatura americana, e que não vale a pena procurar por melhor.
Nesta narrativa picaresca das glórias e vicissitudes da fortuna, o herói, um homem de qualidades indefiníveis, cuja motivação principal é a busca do amor, conta a sua história. Esta envolve uma inigualável gama de esquemas e episódios mirabolantes — que vão do trato com pugilistas ao contrabando de emigrantes; do roubo de livros à organização de sindicatos; da segurança de Trotsty, no México, ao treino de águias temperamentais na caça de lagartos gigantes, ou ao resgate da humanidade pela abolição do aborrecimento. Escusado será dizer que estes projectos são acompanhados (ou interrompidos) por relações com mulheres fortes, sempre excelentes amantes, e às vezes ricas.
Considerado um dos maiores romancistas americanos do Pós-guerra, Saul Below descreve nos seus romances a complexidade social e psicológica do mundo. Influenciado pela narrativa existencialista europeia e por Franz Kafka, abordou também a problemática judaica num estilo irónico e distanciado.
Saul Below foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1976.
AS AVENTURAS DE AUGIE MARCH
Saul Below
Editora: Quetzal
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