quarta-feira, junho 13

Short Movies, de Gonçalo M. Tavares



LIVRO DO MÊS JUNHO LIVRARIA ARQUIVO

SHORT MOVIES
Gonçalo M. Tavares
Editora: Caminho
PVP: 11,90€
Agora: 8,33€

Gonçalo M. Tavares já nos habituou ao seu olhar sobre o mundo e os homens: atento, inteligente, perspicaz, crítico... Em `Short Movies`, esse olhar é circunscrito, intencionalmente dirigido a cenas específicas de um quotidiano tantas vezes mais absurdo do que seria de crer.
E esse olhar tem ainda outra particularidade: conduz-nos com exatidão pelos mesmos caminhos que o autor percorreu. Neste livro, Gonçalo M. Tavares permite-nos partilhar a sua forma de alcançar esse seu tão exclusivo olhar. Um privilégio literário e humano para qualquer leitor.

«Ler, isto é: ver. Ou seja: deixar de ler. Tentativa de levar a escrita aos olhos e não a deixar sair daí. Evitar que se pense - transferir tudo para uma questão óptica. Não penses, vê - vê, não penses. Ver o que nos é mostrado - e também o resto. Ao lado, em cima, em baixo, antes, depois.».,
 in Short Movies.

Gonçalo M. Tavares, escritor português, nasceu em 1970.
Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, peças radiofónicas, curtas metragens e objectos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera, performances, projectos de arquitectura, teses académicas, etc.E stão em curso cerca de 220 traduções com edição em quarenta e cinco países.
Em Portugal recebeu vários prémios entre os quais o Prémio José Saramago 2005 e o Prémio LER/Millennium BCP 2004, com o romance - "Jerusalém" (Caminho); o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores "Camilo Castelo Branco" com "água, cão, cavalo, cabeça" 2007( Caminho). Prémio Branquinho da Fonseca/Fundação Calouste Gulbenkain com "O Senhor Valéry", Prémio Revelação APE com "Investigações. Novalis".

Outros prémios:
com "Uma Viagem à Índia"

- Prémio Melhor narrativa Ficcional 2010 da Sociedade Portuguesa de Autores

- Prémio Especial de Imprensa Melhor Livro 2010 Ler/Booktailors

- GRANDE PRÉMIO ROMANCE E NOVELA da Associação Portuguesa de Autores, 2011

- Prémio Fernando Namora/Casino do Estoril, Melhor Livro Ficção 2011

- Premiado no Portugal Telecom (Brasil, 2011)

- Prémio Fundação Inês de Castro
PRÉMIOS INTERNACIONAIS:

- Prémio Portugal Telecom 2007 (Brasil).

-Prémio Internazionale Trieste 2008 (Itália).

-Prémio Belgrado Poesia 2009 (Sérvia).

- Prix du Meilleur Livre Étranger 2010 (França)

- Grand Prix Littéraire du Web - Culture 2010 (França)

- Finalista do Prix Femina (2010, França)

- Finalista do Prix Médicis (2010, França), com "Aprender a Rezar na Era da Técnica"

- Prix Littéraire Européens 2011, "Étudiants Francophones" (França), com "O Senhor Kraus e a Política".
com "Jerusalém"
- Nomeado para o Prix Cévennes 2009, Prémio para o melhor romance europeu (França) com "Jerusalém"


quarta-feira, junho 6

Marc Roche e "O Banco"


O BANCO
Como o Goldman Sachs dirige o Mundo
Marc Roche
Editora: Esfera dos Livros

Edição Revista e atualizada para Portugal

«Eu faço o trabalho de Deus.» Mesmo que seja suposto ser uma piada, esta frase do diretorexecutivo do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, resume a sede de poder de O Banco: a firma que dirige o mundo no maior secretismo. Por detrás de uma lei do silêncio que nunca alguém ousou quebrar desde a sua fundação em 1868, o Goldman, ou GS, como se diz em Wall Street ou na City londrina - as duas grandes praças financeiras mundiais - pode realmente dominar o planeta? E se a resposta é «sim»? Como? A crise económica que começou no outono de 2008 atirou o Goldman Sachs, para as primeiras páginas dos jornais. O banco está em todo o lado: a falência do banco Lehman Brothers, a crise grega, a queda do euro, a resistência da finança a toda a regulação, o financiamento dos défices e até a maré negra do golfo do México. Sabia que o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, foi vice-presidente do Goldman Sachs International para a Europa entre 2002 e 2005. Ele era o «sócio» encarregado das «empresas e países soberanos», o departamento que tinha, pouco antes da sua chegada, ajudado a Grécia a maquilhar as suas contas graças ao produto financeiro «swap» sobre a dívida soberana. Que António Borges, dirigente da GS entre 2000 e 2008, foi diretor do Fundo Monetário Internacional, em 2010, funções que o levaram a supervisionar alguns dos maiores empréstimos da história da instituição: à Grécia e à Irlanda. Sabia que o atual presidente do Conselho italiano, Mario Monti, foi consultor internacional do Goldman de 2005 até à sua nomeação para a chefia do governo italiano

terça-feira, junho 5

à conversa com Dulce Maria Cardoso

À conversa com...
Dulce Maria Cardoso na Livraria Arquivo
a propósito do livro "O Retorno"

14 junho | quinta | 18h30


ACERCA DO LIVRO

O RETORNO
«Os retornados que conheço e de que posso falar foram os mais injustiçados. Os bem-sucedidos seriam bem-sucedidos em qualquer parte do mundo porque eram pessoas muito fortes e capazes. A maior parte não foi muito bem-sucedida, só que dos fracos não reza a História. [...] Pensei numa proposta de reflexão sobre a perda, sobre o que terá sido o colonialismo, nas suas raízes mais subterrâneas. [...] Nunca deixei de ser uma retornada.» Dulce Maria Cardoso em entrevista à revista LER de Outubro de 2011.
"O Retorno" é a narração da saga dos retornados de 1975, centrado numa família de quatro elementos (pai, mãe, filha mais velha e um rapaz mais novo, o Rui).
1975 – Luanda. A descolonização instiga ódios e guerras. Os brancos debandam e em poucos meses chegam a Portugal mais de meio milhão de pessoas. O processo revolucionário está no seu auge e os retornados são recebidos com desconfiança e hostilidade. Muitos não têm para onde ir nem do que viver. Rui tem 15 anos e é um deles. 1975. Lisboa.
Durante mais de um ano, Rui e a família vivem num quarto de um hotel de 5 estrelas a abarrotar de retonrados – um improvável purgatório sem salvação garantida que se degrada de dia para dia.
A adolescência torna-se uma espera assustada pela idade adulta: aprender o desespero e a raiva, reaprender o amor, inventar a esperança.
África sempre presente mas cada vez mais longe.

ACERCA DA AUTORA:
Dulce Maria Cardoso publicou em 2011 o seu romance de estreia, Campo de Sangue, Grande Prémio Acontece, escrito na sequência de uma bolsa de criação literária do Ministério da Cultura. Desde então publicou os romances Os meus sentimentos (2005), prémio da União Europeia para a Literatura, e O Chão dos Pardais (2009), prémio Pen Club. A antologia de contos Até Nós foi publicada em 2008.
A sua obra está traduzida numa dezena de países e é estudada em diversas universidades. Estão em curso proposta de alguns dos seus contos e romances.

Novo livro de Martin Amis


A INFORMAÇÃO
MARTIN AMIS
Editora: Quetzal

Gwyn Barry e Richard Tull são dois romancistas na casa dos quarenta e amigos desde a faculdade. Richard Tull tinha pela frente um futuro brilhante, mas a sua carreira não evoluiu e agora tem um emprego medíocre na imprensa e escreve recensões críticas para um pequeno jornal literário. Gwyn Barry, por seu turno, sem o talento literário do amigo, fez um romance que alcançou grande sucesso, e lhe granjeou dinheiro e um prémio respeitado.

Tull avança com esforço de fracasso em fracasso e assiste, com inveja, ao percurso fácil e radioso do amigo - e irá fazer tudo para lhe destruir a reputação.
Mas estas patéticas manipulações que, no início, significavam para Barry apenas inconveniência passarão mais tarde a constituir um perigo incontrolável.
Este romance sobre a inimizade literária e, cujos protagonistas, segundo o autor, são inspirados em si próprio, deu origem a excelentes críticas e a grande celeuma no meio editorial e do agenciamento literário - o livro recebeu o adiantamento mais avultado da história, até então, e a mudança de agente provocou uma rutura pública com o seu grande amigo Julian Barnes.



2.ª Sessão CLUBE DE LEITURA DA ARQUIVO

A próxima sessão do CLUBE DE LEITURA DA ARQUIVO decorre (como combinado) na última quarta-feira do mês, desta feita, a 27 de Junho pelas 19h e o livro a ser debatido é "A Zona de Desconforto", de Jonathan Franzen. A entrada é gratuita, apenas pedimos que se inscreva antes. E que tenha lido o livro, claro, para poder participar de forma activa na conversa. Até lá!