segunda-feira, novembro 28

Sérgio Godinho apresenta "Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações"

3 dezembro | sábado | 18h30

à conversa com... Sérgio Godinho
e João Paulo Cotrim

a propósito do livro "Sérgio Godinho e as 40 ilustrações"

Sérgio Godinho, que comemora 40 anos de canções, escolheu 40 músicas do seu espólio para serem depois “reinterpretadas” por outros tantos ilustradores de muitas gerações e todos os estilos, sob orientação de João Paulo Cotrim. O resultado desta união entre letras e desenhos ajudou o autor, compositor e cantor português, como revela no prefácio, a “perceber melhor o que dizem as palavras. A música pura diz tudo sem mostrar nada, e só depois as frases da palavra lhe dão percursos, caras e intenções. Uma canção pronta é indiciada apenas como versão primeira de uma que se irá seguir. Por isso gosto tanto da ideia de versão, onde de repente fica provada a profunda essência plástica de uma melodia e de um verso. É, no limite, uma história sem fim, que se desdobra e se desfia, como o infinito sempre à mão. No caso, a música semeou-se em manchas e riscos, e eu fui descobrindo, atónito, as novas caríssimas versões das minhas inesperadas canções. Sinto-me brindado, e orgulhoso por ser o veículo em que se mostra o ardor criativo da ilustração portuguesa. Em plurais viagens, quarenta porque não há lugar para mais.”
O livro foi editado por João Paulo Cotrim, a escolha das músicas foi de Sérgio Godinho, e as ilustrações são de 40 conhecidos ilustradores, pertencendo a edição gráfica à Silva Designers.

Dezembro na Arquivo



AGENDA CULTURAL
ARQUIVO LIVRARIA
3 dezembro | sábado |17h
Pequenos Artistas "Especial Aniversário" SAMP.

3 dezembro | sábado | 18h30
À conversa com...Sérgio Godinho e João Paulo Cotrim
a propósito do livro "Sérgio Godinho e as 40 ilustrações".

8 dezembro | quinta  | 17h30
Palestra "A saúde nas suas mãos", por Francisco Varatojo.

10 dezembro | sábado | 16h30
Animação de história infantil "Crocodilo e girafa. Uma família igual às outras", de Daniela Kulot.
Animadora: Liliana Gonçalves.

17 dezembro | sábado | 15h00
Clube de Leitura Arquivinho
Moderadora: Susana Neves.

A partir de 8 de dezembro:
Exposição Colectiva de Ilustração Infantil.

17 de Dezembro | sábado | 17h30
À conversa com.... Eduardo Sá
a propósito do livro "Nunca se perde uma paixão".

sexta-feira, novembro 25

O Nome da Rosa, de Umberto Eco

Uma reedição há muito aguardada
O NOME DA ROSA
Umberto Eco
Trad. Jorge Vaz de Carvalho
Editora: Gradiva
Primeira edição em todo o mundo da versão revista pelo autor. Numa nova tradução, admirável, do Professor Jorge Vaz de Carvalho que acaba de ser galardoado com o Prémio PEN Clube Português 2010 na categoria de ensaio, com a obra Jorge de Sena: "Sinais de Fogo" como Romance de Formação.

Indignai-vos!, de Stéphane Hessel

INDIGNAI-VOS!
Stéphane Hessel
Prefácio de Mário Soares
Editora: Objectiva

«O ambiente social português, fustigado por uma crise económica e finaceira gravíssima, que obriga a medidas de austeridade que doem no bolso dos cidadãos, não pode ser resolvido com manifestações nem, muito menos, com revoltas de rua, embora legítimas, desde que pacíficas.(...) Mas os portugueses tê, obivamente, o direito à indignação, como sempre disse. É um dos atributos da Democracia. E mais do que isso: têm o direito a ser informados pelos Partidos e pelos Governos das dificuldades do País e da marcha da governação, em debates esclarecedores, que estimulem a participação dos cidadãos. Só assim os portugueses poderão ser mobilizados", Mário Soares, no Prefácio, Janeiro 2011.

«A minha longa vida deu-me uma série de motivos para me indignar». Quem escreve é Stéphane Hessel, 93 anos, herói da Resistência francesa, sobrevivente dos campos de concentração nazis e um dos redactores da Declaração Universal dos Direitos Humanos. É com a autoridade moral de um resistente inconformado e de um lutador visionário que Stéphane Hessel nos alerta, neste breve manifesto, para o facto de existirem hoje tantos e tão sérios motivos para a indignação como no tempo em que o nacionalsocialismo ameaçava o mundo livre. Se procurarmos, certamente encontraremos razões para a indignação: o fosso crescente entre muito pobres e muito ricos, o estado do planeta, o desrespeito pelos emigrantes e pelos direitos humanos, a ditadura intolerável dos mercados financeiros, a injustiça social, entre tantos outros. Aceitemos o desafio de Stéphane Hessel, procurando neste livro e no mundo que nos rodeia os motivos para a insurreição pacífica, pois "cabe-nos a todos em conjunto zelar para que a nossa sociedade se mantenha uma sociedade da qual nos orgulhemos."

sábado, novembro 19

Exposição de Catarina Domingues na Arquivo

«O que é que ouço no silência da noite? Neste lugar enfeitiçado pelos sons da vida. Ouco os pássaros, parece-se com um mar de som, uma mais aqui, um mais ali, um gato ao longe, uma mosca inexistente.(...)»

Catarina Domingues nasceu em Lisboa decorria o ano de 1987.

Licenciou-se em Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, em 2010. De momento frequenta o Mestrado em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Em 2010 e 2011participou na exposição colectiva Nada em Comum, em Leiria, e em 2009 participou na Exposição de Finalistas, na ESAD. Em 2011 fez a sua primeira exposição individual na SEDE do a9)))), em Leiria, intitulada Encontro.
catarinadomingues@live.com.pt

Exposição patente até 8 de dezembro.

Rui Zink e O Amante é sempre o último a saber na Arquivo Livraria

CRÍTICAS
«Rui Zink é hábil na forma como "esgrime" com a linguagem e é magistral no uso do humor, tanto em situações absurdas como em momentos trágicos e violentos.(...) mas Zink é, também, um escritor terno e preocupado, que não se esque da sua missão: fazer reflectir sobre as culturas e identidades, sobre o impossível equlíbrio entre tradição e modernidade, entre a sobrevivência feroz e a expressão dos afectos, entre o ritual e a pesquisa cientifica, entre a ética e a ganância.. No final, fica-se com o riso de Koharu, a menina atómica: um futuro brilhantes ou o nosso maior pesadeloHelena Vasconcelos, in ípsilon, suplemento Público de 11 de Novembro de 2011.

«À imagem de um Orwell, de um Zaimiatine ou de um Huxley, o escritor português constróis um conto satírico de grande alcance político e filosófico.[...] Uma obra veemente, um pesadelo que nos interpela com uma virulência que rareia no actual panorama literário.», L'accoudoir

«Guy Debord teorizou a sociedade do espectáculo, Rui Zink concretizou-a'», La cause littéraire.
ACERCA DO LIVRO:
Teresa, uma mulher forte e poderosa, vai ao Japão procurar o filho há muito perdido. Tano, o professor de artes marciais do jovem e seu mentor, é forçado a acompanhá-la, regressando a contragosto ao páis natal que há muito não visitava. Duas pessoas e dois universos culturais que parecem muito distantes, mas que, afinal têm mais pontos em comum do que poderíamos pensar.
História de desencontros e da possibilidade de encontros felizes, O Amante é sempre o último a saber, fala-nos de um mundo em mudança, onde o amor toma novas qualidfades e a esperança é a última a morrer.
Três anos depois de O Destino Turístico, Rui Zink regressa com um romance que no põe perante questões com que, cedo ou mais tarde, todos nos confrontamos. Por vezes cedo e tarde, por vezes mesmo a tempo. O amor é uma dança incurável. E uma cura para o mal que nos mata.

ACERCA DO AUTOR:
Rui Zink nasceu em Lisboa em 1961. É escritor e professor no Departamento de Estudos Portugueses da Universidade Nova de Lisboa.
Estreou-se como ficcionista em 1986 e desde então publicou mauis de duas dezenas de obras, entre ficção, ensaio, literatura para a infância, BD e Teatro. Alguns dos seus livros encontram-se traduzidos para inglês, alemão, hebraico, japonês, romeno, sérvio, croata e francês.

José e Pilar, de Miguel Gonçalves Mendes

JOSÉ E PILAR
Conversas Inéditas
Miguel Gonçalves Mendes
Prefácio de Valter Hugo Mãe
Editora: Quetzal
Durante quantro anos, Miguel Gonçalves Mendes filmou José saramago e Pilar del Rio, na intimidade de Lanzarote, em viagens de trabalho por todo o mundo, em festas com os amigos e a família. Desse intenso registo resultaram, primeiro, o filme José e Pilar, e agora o livro, que se compõe, essencialmente, de material inédito: centenas de horas de conversa que exploram grandes questões como a política, o amor, o trabalho, a literatura e a morte.

«A celebração da vida de alguém que, a partir de agora, todos podem conhecer de perto, pelo lado íntimo dos seus gestos, o lado sempre menino, despido, do seu discurso.»
«Amplo e universal. Tão delicado quanto forte. Muito honesto.». Valter Hugo Mãe

quinta-feira, novembro 17

O Mapa e o Território, de Michel Houllebecq (Prémio Goncourt)

O MAPA E O TERRITÓRIO
Michel Houellebecq
Editora: Alfaguara
Tradução de Pedro Tamen

Se a história deste romance nos fosse contada por Jed Martin, talvez ele começasse por falar da avaria da caldeira do seu apartamento, num dia 15 de Dezembro. Ou dos solitários Natais passados com o pai, um arquitecto famoso que sonha construir cidades fantásticas mas ganha a vida a projectar resorts de férias. Talvez não falasse do suicídio da mãe quando tinha apenas sete anos, porque são muito ténues as recordações que dela guarda. Mas mencionaria certamente Olga, uma lindíssima russa, que conheceu por ocasião da primeira exposição do seu trabalho fotográfico baseado nos mapas de estradas Michelin. Apesar de indiferente à fama e à fortuna, Jed poderia mencionar o êxito estrondoso que alcançou com uma série de quadros de célebres personalidades de todos os meios, retratadas no exercício da sua profissão. Um dos retratados é Michel Houellebecq (sim, o autor), num trabalho conjunto que mudará a vida de ambos: fonte de vida para um e razão de morte para outro. Confrontado com o homicídio de uma pessoa próxima de si, Jed não poderia deixar de incluir no seu relato como ajudou o comissário Jasselin a esclarecer esse crime hediondo, cujo cenário aterrador deixou marcas profundas nas equipas da Polícia.

Michel Houllebecq, unanimamente considerado como um dos mais importantes escritores europeus deste século, regressa em "O mapa e o território" aos temas que lhe são mais caros - a solidão, os limites das relações amorosas, o absurdo mundo em que vivemos - para pintar um retrato mordaz mas contido da sociedade contemporânea.

Os Diálogos dos Amantes, de Francesco Alberoni

OS DIÁLOGOS DOS AMANTES
Francesco Alberoni
Editora: Bertrand
Tradução de Maria Nóvoa

A primeira obra de ficção do autor de O Erotismo, A Amizade, Sexo e Amor, e Lições de Vida
Num futuro próximo, em que a manipulação genética a neurociência ameaçam a autoridade do indivíduo e a unidade da espécie humana, Sakùntala e Rogan exploram desejos e paixões através de um diálogo sem tabus nem inibições. O seu amor, exclusivo e fiel, constrói-se à medida que se vão conhecendo e que vão vivendo experiências eróticas e sentimentais sempre novas. Através dos seus diálogos, vamos descobrindo um mundo no qual a programação genética vai conduzindo a humanidade a um sistema de castas e à abolição da liberdade de escolha individual, um sistema contra o qual se batem os protagonistas, arriscando a própria vida.
Acima de tudo, exploramos com os dois amantes o derradeiro reduto que é o sexo, o meio através do qual homens e mulheres podem alcançar a mais profunda das intimidades.

O Arranca Corações, de Boris Vian

O ARRANCA CORAÇÕES
Boris Vian
Editora: Relógio d'Água
Tradução: Luíza Neto Jorge
Jacquemort, psiquiatra, chega a casa de Angel e Clémentine, que está em final de gravidez. Jacquemort vai então ajudá-la a dar à luz três rapazes gémeos, Noël, Joël e Citroën, que, ao contrário dos irmãos, nunca grita. Angel está fechado em casa há dois meses pela mulher, que aceitou mal a gravidez. Só depois do parto é libertado. Jacquemort revela-lhe as razões que o levaram a este recanto aparentemente tranquilo. Ele possui uma capacidade de vazio e procura preenchê-la psicanalisando as pessoas e assimilando os seus sentimentos através de uma psicanálise «integral». Neste romance, Boris Vian revela um universo terrível, o dos desejos mais implacáveis, em que todo o amor esconde o ódio.
Como escreveu Gilbert Pestureau, no prefácio à edição francesa, neste romance em que o número três desempenha um papel central, «os adultos são selvagens, ferozes ou infelizes, condenados à solidão, enquanto as crianças, cúmplices na magia, procuram secretamente a sua paixão de viver». Tudo isto numa «aldeia entorpecida na vergonha e na religião», onde «os trigémeos exploram o seu universo feérico enquanto uma mãe, que os ama demasiado, lhes reduz inexoravelmente o espaço».

quarta-feira, novembro 16

Arquivo apoia o IV Encontro da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares

Realiza-se nos dias 18 e 19 de Novembro, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira, e na Arquivo Livraria, em Leiria, o IV Encontro da Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares. Com o mote «wwwlerpontoescola», este encontro pretende reflectir sobre a questão da leitura digital, a gestão de conteúdos electrónicos, a dimensão ética de pesquisa e os vários suportes físicos da leitura de ecrã. Consulte o programa aqui:
http://www.cm-leiria.pt/files/2/documentos/20111031164306640078.pdf

terça-feira, novembro 15

Rui Zink e O Amante é sempre o último a saber na Arquivo Livraria

"Para que servem as imagens?", de Eva Mejuto

Entrada gratuita, mas é necessária inscrição prévia.

Para que servem as imagens?

«Para que serve um livro se não tem desenhos Alice in wonderland, Lewis Carrol
O álbum ilustrado oferece-nos infinitas possibilidades de trabalho e de lazer. Dotar a leitura de imagens para as crianças mostra-se, numa sociedade cada vez mais centrada em parâmetros visuais (publicidade, internet, televisão, videojogos…), cada vez mais necessária. As ilustrações dos álbuns, para além de apoiarem, complementarem e enriquecerem a leitura do texto, permitem que os mais pequenos entrem em contacto com a arte, desenvolvam um critério estético próprio, aprendam a descodificar símbolos, desenvolvam a sua capacidade criativa e desfrutem da leitura com uma nova forma de olhar.
Neste ateliê falamos da importância de proporcionar às crianças ilustrações que abranjam diferentes sensibilidades plásticas, imagens artísticas que ofereçam uma segunda leitura da narração, com intenção de educar a sensibilidade das crianças na fruição da imagem.
Fazemos uma abordagem à história da ilustração infantil, à sua evolução e efetuamos uma análise de diversas técnicas e estilos de ilustração (colagem, acrílico, fotomontagem, escultura...), assim como da narração e das metáforas visuais das imagens presentes nos livros, a partir de ilustrações de diversos livros da OQO.
Abordamos a diferença entre livro ilustrado e álbum ilustrado e as diversas funções que as imagens exercem relativamente ao texto e às suas várias aplicações na aula.
Eva Mejuto

António Mota hoje no Agrupamento de Escolas de Caranguejeira

Organizado pela Arquivo Livraria, o escritor António Mota está hoje num encontro com os alunos do agrupamento de escolas de Caranguejeira.

segunda-feira, novembro 14

Paulo Moreiras e "O Ouro dos Corcundas "na Arquivo Livraria

1Q84
Haruki Murakami
Editora: Casa das Letras
Trad. de Maria João Lourenço e Maria João da rocha Afonso
1.ª edição: Nov. 2011

Num mundo aparentemente normal e de contornos reconhecíveis, movem-se duas personagens centrais: Aomame, uma mulher independente, professora de artes marciais, e Tengo, professor de matemática. Os dois estão quase a entrar na casa dos trinta anos, têm ambos vidas solitárias e ambos se dão conta de ligeiros desajustamentos à sua volta, que os conduzirão fatalmente a um destino comum. Falta dizer que tanto um como o outro são mais do que parecem: a bela Aomame, nas horas vagas, é uam assassína que mata as suas vítimas sem deixar vestígios,, levando toda a gente a pensar que morrreram de morte natural; o apagado Tengo, um escritor em construção a quem o editor, Komatsu de seu nome, encarregou de trabalhar na edição de Crisálida de Ar, obra prometedora, nascida da imaginação (ou talvez não...) de uma adolescente engimática, Fuku-Eri.
Como pano de fundo, o universo típico da melhor ficçãoassinada por Murakami.
As seitas religiosas, qeu o autor investigou a fundo para escrever um livro de não-ficção, os maus-tratos infligidos às mulheres na sociedade actual, e a corrupção que grassa um pouco por toda a parte, são tudo temas poderosos, entre outros, naturalmente que o narrador disseca com precisão orwelliana.
Em 1Q84, Murakami constrói um universo romanesco em que se cruzam histórias inesquecíveis e personagens cativantes. Onde acaba o Japão e começa o admirável mundo novo em que vivemos? Uma ficção que ilumina de forma transversal a aldeia global em que vivemos.

Anatomia dos Mártires, de João Tordo

ANATOMIA DOS MÁRTIRES
João Tordo
Editora: D. Quixote
"Anatomia dos Mártires" é a história de uma obsessão verdadeira transformada em ficção - a de uma investigação contemporânea (e original) sobre o mito de Catarina Eufémia - e também a tentativa de reconciliação de um escritor nascido imediatamente após a Revolução de Abril com o passado. Um jornalista insensato e ambicioso quer provar ao seu editor - um comunista irascível, alcoólico e com bastante desprezo pelos jovens - que não é só mais um na redacção. Escolhido para ir a Berlim entrevistar o biógrafo de um mártir religioso, aproveita a deixa para fazer, no seu artigo, uma analogia com a história de Catarina Eufémia, a camponesa que se tornou um ícone do Partido Comunista, mas de quem, na verdade, pouco ou nada sabe. Quando, porém, o artigo é publicado, as reacções de indignação por parte dos leitores não se fazem esperar, algumas das quais bastante ameaçadoras; e, na noite em que o editor é encontrado na rua em coma, aparentemente brutalizado, o jornalista pergunta-se se não terá sido por defender publicamente o seu artigo e começa a suspeitar de que existe muito mais em jogo do que a simples memória de uma camponesa assassinada pela GNR durante a ditadura. É então que decide investigar obsessivamente a vida de Catarina, desbravando por entre o nevoeiro que paira sobre os mártires e os transforma em mitos de que sempre alguém se apodera. E encontra realidades bem distintas - e mais tenebrosas - do que podia esperar.

sexta-feira, novembro 11

"infinitos", exposição de fotografia de Jorge Humberto Ricardo


“infinitos”
Exposição de fotografia de Jorge Humberto Ricardo
Patente na galeria da Arquivo Livraria até 17/11/2011
Fotógrafo profissional há mais de 20 anos, Jorge Humberto Ricardo apresenta a exposição "infinitos".
Em 2010, numa volta pelos arquivos, Jorge Ricardo começou a desenhar ligações entre imagens captadas ao longo de vários anos. De súbito, as fotos ganharam vida própria e despertaram o autor para o projecto “infinitos”: uma série dedicada à imagem sem tempo nem lugar, puro objecto de contemplação e fruição. Um roteiro pela alma dos lugares.
Nesta exposição o autor prefere ignorar qualquer referência geográfica. Entre o nevoeiro da manhã, os barcos, o crespúsculo, ou a suavidade marítima.
Depois de viajar pelo país, a série "infinitos" revela-se numa última etapa na Livraria Arquivo, o ponto de transição para novos desafios e reencontro.

Clube de Leitura Arquivinho, História Infantil e Pequenos Músicos da SAMP: super tarde na Arquivo

Tudo começa às 14h30, com mais uma sessão do
 Clube de Leitura Arquivinho.

E depois...
às 16h30 há a animação da história
"É um Livro", de Lane Smith
a tarde termina em grande festa com a actuação dos Pequenos Artistas da SAMP.


Não Faltes!

quarta-feira, novembro 9

Arquivo com Luisa Fortes da Cunha no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Fátima

A escritora Luísa Fortes da Cunha esteve no Colégio Sagrado Coração de Maria, em Fátima perante uma audiência atenta e interessada e que não desarmou nem no final perante tamanha fila para trocar umas palavras e receber o autógrafo da escritora.


Lotação esgotada para ver e ouvir a escritora Luísa Fortes da Cunha


Luísa Fortes da Cunha na sessão de autógrafos.


E a fila interminável para os autógrafos no final da sessão...
Se queres levar um escritor à tua escola, ou organizar uma Feira do Livro ou ainda outro evento relacionado com livros e leitura, contacta a Arquivo e teremos todo o gosto em concretizar as vossas ideias e, também, apresentar as nossas sugestões. Podes fazê-lo através do email carla.simoes@arquivolivraria.pt ou do telefone 244 822 225, falando com Carla Simoes.
Porque também queremos ir à tua escola!

segunda-feira, novembro 7

Moleskine Cover Art, por Ricardo Cabral

Ricardo Cabral é o primeiro português a ilustrar a capa de dois cadernos da colecção Cover Art.
Ricardo Cabral, um fã incondicional dos cadernos Moleskine, enviou alguns desenhos de viagem para o MyMoleskine. O desenho escolhido, entre 2.400 imagens de criativos de todo o mundo, faz parte de uma série de ilustrações sobre Barcelona e integra um livro editado pela Asa que reune ilustrações de várias cidades que Ricardo foi desenhando ao longo dos últimos dois anos.
Nascido em Lisboa, em 1979, Ricardo Cabral descobriu ainda na infância a paixão pelo desenho. Licenciou-se em Pintura pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Trabalha desde 2005 como ‘freelance’ assinando ilustrações e é autor dos cadernos de viagem "NewBorn - 10 dias no Kosovo", "Israel Sketchbook" e "Evereste".
Cada artista seleccionado para ilustrar as capas da colecção Cover Art escolheu uma instituição sem fins lucrativos à qual a Moleskine fará um donativo. Ricardo Cabral escolheu a Assistência Médica Internacional (AMI).

Alice Vieira na Arquivo

ACERCA DE 'OS PROFETAS':
"No ano de 1533, sendo rei D. João III, vivia na ilha de Porto Santo um homem chamado Fernão Nunes, por todos chamado Fernão Bravo. Na mesma ilha vivia uma sobrinha sua, moça de dezasseis ou dezassete anos, chamada Filipa Nunes, que estava havia alguns anos na cama, paralítica.
Dizendo-se inspirados pelo Espírito Santo, tio e sobrinha declararam-se profetas. A sua pregação convenceu pobres e ricos, que renunciavam às suas vestes preciosas e partilhavam os alimentos, e até eclesiásticos, que na missa invocavam «São Pedro e São Paulo e o beato profeta Fernando».
A heresia não podia ser tolerada. Após dezoito dias de "abusões" dos falsos profetas, os hereges foram presos e levados apra a vila de Machico, sendo depois enviados para Évora. Fernão e Filipa foram aí expostos à porta da Sé, ela vestida e ele nu da cintura para cima, com um letreiro dizendo «Profeta de Porto Santo».
Este é um facto histórico, que conhecemos pela pena de Gaspar Frutuoso e ainda hoje é bem recordado em Porto Santo.
Com base neste facto histórico, Alice Vieira recria de forma vívida os antecedentes e dias exaltantes da pregação, os tormentos e mortes  infligidos pelas autoridades, e ainda a vida na Lisboa quinhentista, cidade cosmopolita e bela mas sobre a qual se adensam as nuvens da Inquisição e do desastre nacional.
Fiel à História, mas não ocultando simpatias, com a voz desassombrada e a mestria da escrita que unanimemente se lhe reconhecem, Alice Vieira oferece-nos em Os Profetas um romance histórico forte que não deixará de empolgar - e comover - os leitores.

sexta-feira, novembro 4

Por motivos imprevistos

Por motivos imprevistos a prova de degustação e o encontro A Vida não Basta - "O Pulsar do Vinho na Literatura" foram canceladas.
 Oportunamente divulgaremos nova data de realização.
 Pelo facto as nossas desculpas.

quinta-feira, novembro 3

Sunset Park, de Paul Auster, é o nosso Livro do Mês

SUNSET PARK
Paul Auster
Editora: ASA
PVP. 16,00€
PREÇO ESPECIAL LIVRO DO MÊS ARQUIVO: 11,20€

Durante os meses sombrios do colapso económico de 2008, quatro jovens ocupam ilegalmente uma casa abandonada em Sunset Park, um bairro perigoso de Brooklyn. Bing, o cabecilha, toca bateria e dirige o Hospital das Coisas Escangalhadas, onde conserta relíquias de um passado mais próspero. Ellen, uma artista melancólica, é assaltada por visões eróticas. Alice está a fazer uma tese sobre a forma como a cultura popular encarava o sexo no pós-guerra. Miles vive consumido por uma culpa que o leva a cortar todos os laços familiares. Em comum têm a busca por coerência, beleza e contacto humano. São quatro vidas que Paul Auster entrelaça em tantas outras para criar uma complexa teia de relações humanas, num romance sobre a América contemporânea e os seus fantasmas.

A Maior Flor do Mundo, de José Saramago é a escolha do Clube Arquivinho

A MAIOR FLOR DO MUNDO
JOSÉ SARAMAGO
EDITORA: CAMINHO
PVP: 10,60
PREÇO ESPECIAL LIVRO DO MÊS CLUBE ARQUIVINHO:  7,42€
E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar? Uma magnífica obra do escritor José Saramago, com bonitas ilustrações de João Caetano.