segunda-feira, setembro 24

O Lado negro do Bom Nome, de Jorge Dias

Apresentação do livro
"O Lado Negro do Bom Nome",
de Jorge Dias

29 set | sábado | 18h


Qual é o lado negro do bom nome? É a capacidade de gozar de boa reputação sem a ter. Mantê-la com a ajuda da Justiça e das instituições reguladoras nacionais depois de ter coleccionado actos ilícitos e fraudulentos.
Este livro aborda a temática com especial enfoque no trabalho, um factor essencial na vida de todos. Uma coisa é saber e ter a noção dos factos, outra, mais profunda, é ter deles consciência plena.
Se julga que ter contrato é uma segurança, não confie tanto. Em Portugal pode-se despedir só verbalmente, subvertendo toda a lei laboral. O Código do Trabalho é um livro de ficção e não é para levar a sério. Acredite no que lhe digo.
No dia D e na hora H, quando a empresa se portar mal consigo, as suas emoções alterar-se-ão e vão atormentá-lo/a durante muito tempo.
Esta obra inclui um ebook grátis que o/a ensinará a lidar com esses momentos sem enlouquecer. Estratégias e técnicas para limpar a sua mente dos pensamentos negros que o/a assaltarão.
Apesar do tema, este livro foi escrito de forma leve, com metáforas, com muitas perguntas para reflexão, algumas ironias, histórias reais, comentários hilariantes de cidadãos comuns, artigos de jornais e revistas. Uma variedade estilística que, mantendo o tema sério, lhe fornece esperança, força, motivação e satisfação.


A quem se destina este livro:
- Se é empresário, empreendedor ou patrão, está com um problema de liquidez na empresa e quer despedir pessoas, este livro é para si. «Deitar fora pessoas» pode afigurar-se um empreendimento mais fácil do que pensa…
- Se é empregado, funcionário ou colaborador contratado de uma empresa em dificuldades financeiras, este livro é para si. Espero que tenha amealhado o suficiente para viver muito mais de um ano, pois o que aí pode vir vai exigir muito de si.
- Se é colaborador a recibo verde, ou seja, se é falso recibo verde, este livro é para si. Amealhe o que puder enquanto lhe pagam. Se for «deitado fora», não vai ter direito a nada, mesmo que tenha feito todos os descontos e pelo regime alargado, e ainda olharão para si como se andasse a querer «chular» a sociedade. Vai ser olhado como «lixo», porque recibo verde é «trabalho pirata», como dizia um director numa das empresas onde trabalhei.
- Se é empregado, funcionário ou colaborador contratado de uma instituição que lhe dá garantias e está descontente, este livro é para si. Pode ser que lhe interesse saber mais alguma coisa sobre uma outra realidade que cresce como cogumelos em Portugal.
- Se é jurista ou advogado, este livro também é para si. Encontrará por certo motivo de interesse sobre o que já sabe e o que pode não saber ainda o que fazer com a Lei. Como utilizá-la a favor ou contra a intenção da Lei e como ser bem-sucedido. Das questões técnicas à deontologia, da ética à função da Justiça e dos advogados, encontrará aqui perguntas que muitos cidadãos gostariam de ver respondidas e que, provavelmente, não vai saber responder.
- Se é gestor, este livro não deixa de ser para si. Poderá discorrer sobre o papel da Gestão na área do Direito. Fazendo minhas as palavras do advogado Manuel Ramirez Fernandes, «grande parte dos conflitos laborais tem a sua génese na má gestão de pessoas e das empresas». E aqui também a questão.   JORGE DIAS é licenciado em Sociologia pela Universidade Moderna, pós-graduado e mestre em Gestão de Recursos Humanos pelo ISCTE. MAster em Programação Neurolinguística, Consultor de Panorama Social. Desenvolve actividade profissional na área de formação e do diagnóstico organizavional. A prepara doutoramento em Gestão.

Novo livro de Herta Müller

SUGESTÃO DE LEITURA

JÁ ENTÃO A RAPOSA ERA O CAÇADOR
Herta Müller
Trad. de Aires Graça, ed. D. Quixote, set. 2012.

«A mulher das mãos nodosas cospe no trapo e esfrega as maçãs até elas brilharem. Coloca as maçãs brilhando umas ao lado das outras, de modo a deixar as bochechas vermelhas para a frente e as cicatrizes para trás. As maçãs são pequenas e tortas. A balança está vazia. A pesagem é feita por duas cabeças de ave em ferro, cujos bicos sobem e descem frente a frente atá as maçãs e os pesos se equilibrarem. Então param. Então a velhota faz contas com a boca em voz alta até os olhos dela ficarem tão próximos como so bicos. Tão duros e silenciosos, porque sabem quanto custa.»