Mais logo, à tardinha, Daniel Sampaio vai conversar sobre as memórias do futuro e a narrativa de uma família.
Hoje (27 de Outubro), partir das 18h30.
«Falei muito, estranhamente calmo. Tínhamos vinte anos e passeávamos de mão dada na Alameda da Universidade, tu de cabelo escorrido e mala de pano a tiracolo, eu sempre de pasta copm livros antigos de História, não éramos namorados mas todos pensavam que sim, só começámos a namorar mais tarde, quando nos beijámos no meio do estudo, era Maio e os exames chegariam em breve. Não disse ao médico a verdade, não confessei que no dia aseguinte afirmei que aquele beijo não tinha significado, vem daí o meu eterno medo em não me sentir amado, em pensar que gostas de mim mas jamais te apaixonarás. Contei-lhe apenas como tudo tinha corrido bem, uma casamento tranquilo e uma vida de trabalho, dois filhos que nunca nos tinham dado problemas, por isso para mim tudo era causado pela tua traição, estava perplexo por ele não ter ainda falado nisso.
O Daniel Sampaio:
- Falarei das infidelidades da sua mulher depois de o ouvir falar das suas, a infidelidade é sempre dos dois.(...)» pg. 153, in "Memórias do Futuro", de Daniel Sampaio
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