«(...) O que foi comum foi a forma como vivemos a escola, às vezes com a sensação de ninguém entender o que nos movia. Quando lutávamos para conseguir o apoio dos colegas, num esforço conjunto para conferir sentido ao trabalho do alunos, respondiam que o Ministério nos haveria de dar uma medalha de cortiça e que nada poderia justificar o trabalho por nós proposto aos professores da escola.
Os anos que precederam a nossa ida para casa foram difíceis. A reforma foi decidida logo que a idade e o tempo de serviço permitiram uma penalização aceitável, mas trabalhámos até ao último dia com a energia com que entrámos na primeira escola, com pouco mais de vinte anos e uma licenciatura acabada de completar: não era possível, para ambos, estar a ensinar jovens como quem vai para um emprego sem esperança.(...)» pg 61 e 62, in Memórias do Futuro, Narrativa de uma Família.
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