quinta-feira, dezembro 30
As Horas Extraordinarias de Maria do Rosário Pedreira
«Os livros hoje têm uma vida curta e, como se publica excessivamente, ficam pouco tempo nas livrarias, o que condena muitos deles a uma morte prematura. Os que têm a sorte de sobreviver são poucos e arriscam-se a tornar-se uma espécie de clássicos, embora muitos dos verdadeiros clássicos morram em vez deles e tenham cada vez menos leitores. Quando gostamos muito de um livro, ficamos desesperados ao ver que, nas gerações que se seguem à nossa, já ninguém lhe pega; e, porque creio que seria realmente grave que alguns títulos fossem esquecidos e riscados das leituras actuais, hoje dedico o meu post a três grandes romances (dois deles até no tamanho são grandes) que estão, quanto a mim, entre os maiores da literatura portuguesa. O primeiro é Sinais de Fogo, o romance que Jorge de Sena deixou inacabado e teve já uma adaptação ao cinema; o segundo é Finisterra, uma peça literária única no género da autoria desse poeta maior (e a cair perigosamente no esquecimento) que foi Carlos de Oliveira. O terceiro é Mau Tempo no Canal, de Vitorino Nemésio, que está desde há uns meses disponível em pequeno formato na BIS e tem, por isso, um preço simpático. Se os jovens portugueses só lessem estes três livros, pelo menos já teriam lido qualquer coisa de grande.» Maria do Rosário Pedreira em Horas Extraordinárias
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário